PROGRAMAÇÃO PARA OS PRÓXIMOS MIL ANOS

 

Queridos filhos

A retrospectiva dos últimos mil anos da humanidade terrestre não é das mais promissoras, se nos obstinarmos a enxergar somente pelos olhos físicos. Mas, como vocês já sabem, muito aconteceu no mundo sutil nesse período, um dos mais densos da civilização terrestre - uma vez que vocês já haviam saído da barbárie e já possuíam um razoável livre arbítrio. Por isso, as matanças e guerras que se fizeram, já com conhecimento das Leis de Causa e Efeito, foram graves.

A humanidade, como um todo, ainda se situa nos princípios da dualidade: eu aqui, você ali. Todas as mortes e crimes cometidos em nome das diversas seitas religiosas, sem exceção, são condenadas pelo Conselho Cármico Planetário. Mais ainda: o descaso de um ser para com o outro, o pouco amor demonstrado entre si, pesam sobre vocês.

Na contraparte do mundo sutil, verdadeiras batalhas foram travadas durante este período, na tentativa de recapturar seu planeta para as Trevas. Em períodos longínquos da história da humanidade terrestre, povos alienígenas aqui estiveram, capturando e escravizando seres para o trabalho nas Sombras. E isso foi possível devido ao estágio espiritual inferiorizado da civilização da época.

Porém, como o Plano Divino é perfeito, vocês receberam, ainda neste período milenar, a visita de dezenas de Seres de Luz, que estiveram incógnitos no planeta, com o único intuito de ajudar.

Alguns, como Mahatma Gandhi, Madre Tereza de Calcutá, Irmã Dulce e Chico Xavier, tiveram uma missão que chamamos de "Alma Diamante": vieram como exemplo, para que outros pudessem ser sensibilizados e sentissem o impulso de segui-los naquilo que tivessem de melhor, motivando assim, uma ascensão vibracional que, em última análise, beneficia todo o planeta.

Nos últimos trezentos anos, as modificações tecnológicas caminharam e, há 120 anos, começaram uma ligeira corrida. Do ano de 1980 para cá, então, todo o processo de evolução planetária deu um grande salto. A informação correndo solta, a liberdade de auto-expressão, a liberdade intelectual, os sistemas de ensino e as grandes descobertas tecnológicas e científicas deram um verdadeiro "empurrão" ao seu planeta, como um todo.

Unicidade

Mas, queridos filhos, quando falamos de Evolução, não estamos nos referindo aos avanços científicos e tecnológicos, mas ao avanço moral. Todas as humanidades, da Quarta Dimensão para cima, entenderam e aceitaram a UNICIDADE como uma forma de vida e atuação.

É em momentos como esses, de transição vibracional e de verdadeira Graça Divina, que a humanidade entende os princípios básicos da fraternidade e tolerância. Não mais serão necessários os Grandes Avatares em roupagens físicas, para servirem de exemplo, porque vocês já possuem o senso do discernimento entre a Luz e a Sombra. Aqueles que vocês acreditam que não tem esse discernimento e estão entrelaçados com suas potencialidades negativas, já não poderão ser aproveitados em seu planeta. Daí, a saída compulsória dos mesmos para outros locais, de acordo com seus estágios evolucionais.

Quando nasce, a criança sente-se una com seus pais. Mas aos poucos, vai se decepcionando e percebendo uma realidade bem diferente do que gostaria, ou desejaria. Então, para se proteger de futuros desapontamentos e desilusões dolorosas, começa a erguer um muro de indiferença e frieza em relação aos progenitores e ao mundo em geral. Chamamos a isso de ENTORPECIMENTO. Começa aí o nascimento da mente dual - quer dizer, uma mente que pensa no outro como um ser separado, diferente, estranho.

Caminha, porém, a humanidade terrestre para um estágio em que "Todos seremos um, porque nascemos da mesma fonte e a ela retornaremos".

Essa é a lei da Unicidade: O que fere um fere o outro, o que prejudica a todos e assim por diante. Somente com a Unicidade vocês poderão caminhar mais rapidamente ao encontro de patamares mais elevados de paz e harmonia entre si. Na compreensão de que o outro é você, é possível compreender o seu lado mais difícil e mais doloroso, pois o outro passa a ser um espelho para você. Nunca é o outro, mas sempre é você. Se o outro é seu espelho, o que ele está lhe mostrando? Que tipo de defeito ou imperfeição você vê no outro e que, na verdade, lhe pertence?

Na compreensão de que foram necessários milhares de anos para que você chegasse neste estágio de entendimento, filho, reside toda a compaixão pelo outro. Pode ser que ele ainda esteja no início de sua caminhada evolutiva e você, um pouco mais adiante. Veja por este prisma e tudo ficará mais fácil: o perdão das pretensas ofensas, a fraternidade em suas demonstrações de desapreço, a tolerância por suas irresponsabilidades. Se olhar dessa forma, você ficará cada vez mais harmonioso consigo mesmo e terá cada vez mais paz interior. Esses fatores (paz e harmonia) são necessários para a manutenção de seu equilíbrio, pois trabalharão a seu favor em sua evolução. Você nunca ouviu falar de um homem sábio que perdesse a calma!

Baixar a barreira de proteção, não só em relação ao parceiro(a) amoroso(a), mas também em relação aos outros - qualquer um: o vizinho, a professora, o motorista do ônibus etc. - é um ponto primordial a ser conseguido. Todos são unos com você, filho, e mostram um belo espelho quando algo não vai bem no seu interior. Se algo o está aborrecendo e incomodando, investigue com profundidade e achará o fator desencadeante, não no outro, mas em você.

Nos próximos mil anos, a sua humanidade estará perseguindo ideais cada vez mais belos e iluminados, tratando principalmente da aquisição de valores morais e éticos que possibilitem o uso adequado de toda a tecnologia e ciência vindas do Cosmos, que estarão à disposição de vocês. Todos os olhares galácticos voltam-se para o seu planeta neste momento, para que a ajuda necessária seja encaminhada e usufruída por todos.

As metas milenares deverão ser programadas com vistas à aquisição desses valores. Como você está planejando o seu milênio, filho? Quanto você acha que já adquiriu de UNICIDADE? Não fique preocupado com detalhes e sim, em compreender, aceitar e vivenciar o UNO em você. Colocar-se no lugar do outro é um bom exercício. tentar pensar como o seu EU SUPERIOR que é só Amor, Cuidado e Atenção, é outro exercício. Lembre-se de que o EU SUPERIOR sempre é amoroso e conciliador, nunca humilha ou desconfia. Você já pode viver assim? Não desanime se muitas vezes ainda escorrega...terá mil anos para aprender!

Dentro desses parâmetros, você pode escolher algumas coisas que que lhe faltam e que já tenha percebido. Por exemplo, maior generosidade com a família, maior desapego dos bens materiais (uma vez que, com harmonia, cada vez mais estará a espiritualidade lhe provendo), maior senso crítico - não no sentido da autoflagelação, mas para compreender e poder corrigir, maior compaixão, ao se colocar na problemática do outro e assim por diante. Você e só você, filho,em conjunto com o seu EU SUPERIOR, poderá estabelecer quais ganhos morais e éticos deseja adquirir neste milênio que se inicia. Coloque-os por escrito e, a cada ano, faça seu balanço para saber exatamente em que ponto está do seu aprendizado evolutivo.

Metas

Já havíamos falado sobre a evolução prevista para os próximos duzentos ou trezentos anos do seu planeta. Agora falamos em mil anos. Como sabem, o futuro de cada civilização a ela pertence. Podemos traçar as linhas gerais, em um futuro prospectivo, mas como o avanço evolutivo depende da somatória de esforços de todos os seres que estão encarnados no planeta, as tendências podem ser mudadas. Por isso, preferimos falar a que fazer - e não das suas tendências.

As metas milenares fixadas para o planeta Terra foram:

1.       Viver em Unicidade;

2.       Preservação da Natureza;

3.       Valorização da educação, especialmente das crianças;

4.       Sociedade mais justa

 

E você filho, no que você gostaria que a humanidade mudasse?

Exerça seu poder de discernimento, para fazer a programação em cima dos fatores que mais afligem a humanidade atualmente. assim, poderemos trabalhar juntos na construção de um planeta melhor e mais feliz.

 

Shon Thor
Sistema de Órion
Canal - Heloísa Fagundes
Vialuz, Ano 5, N° 17, 2000

 

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